Há um bom tempo, as empresas que atuam no mercado brasileiro consideram os seus setores tributários como estratégicos para os seus negócios. Foi-se a época em que estes apenas tratavam documentos e informações, com a finalidade de gerar guias de recolhimento. Pelo menos nos últimos vinte anos, a capacitação estratégica dos profissionais deste setor se deu de modo exponencial e o resultado desta capacitação é notavelmente refletido no resultado das companhias.
Tal ganho de qualidade somado às frequentes vitórias dos contribuintes ocorridas nos mais diversos tribunais nos últimos anos, notadamente no STJ e no STF, por vezes dão a falsa sensação de que nossa área atingiu uma saturação de oportunidades. Ocorre que, desde sempre, as oportunidades tributárias surgem de minuciosas análises realizadas nas operações dos contribuintes. Maior é a possibilidade de identificar oportunidades, quando esta análise é realizada por, digamos, um novo olhar sobre o processo. Por alguém, portanto, que depara-se com certa operação pela primeira vez. Daí a importância de as empresas, ainda que possuam bons times internos e bons parceiros de longa data, manterem por perto potenciais novos parceiros que ainda não tiveram a oportunidade de debruçar-se sobre suas atividades.
Atualmente no Brasil, a área tributária possui um alto número de oportunidades conhecidas e aplicadas por boa parte dos contribuintes, mas acredite, ainda há vasto espaço para identificação de novas oportunidades. A legislação tributária brasileira é demasiadamente complexa e o mundo é cada dia mais dinâmico, fatos que, somados, exigem vigilância constante sobre as operações dos contribuintes brasileiros, afim de que não cesse o surgimento de oportunidades tributárias capazes de tornar as companhias mais competitivas.
Escrito por:
Marcel Ribeiro
Supervisor Tributário
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